” Ć um dado incontroverso e incontrovertĆvel que para poder subsistir o homem necessita de meios de subsistĆŖncia, numa palavra, de bens. Bens que, sendo económicos (ou por momentĆ¢nea impossibilidade de acesso ou pela sua definitiva escassez), sĆ£o naturalmente objecto de disputa entre os homens, disputa que, gerando conflitos ā conflitos de interesses (interesse Ć© o que inter est o homem e os bens) ā, reclama, para que a coexistĆŖncia seja possĆvel, uma regra que arbitre a utilização daqueles meios.
⦠o controle de tais bens ā e a ordenação do domĆnio desses bens Ć© obviamente uma ordenação do seu controle ā equivale a um controle dos meios de subsistĆŖncia: isto Ć©, a um controle sobre a vida dos cidadĆ£os, a um controle sobre os fins e a fisionomia da cidade”.
Orlando de Carvalho